quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Agora é lei

Lei das cadeirinhas para crianças entra em vigor e divide opiniões

O uso da cadeirinha em veículos para crianças de até sete anos e meio torna-se obrigatório a partir desta quarta-feira (01). O descumprimento da legislação que obriga o uso do equipamento será considerada infração gravíssima, com multa de R$191,54 e sete pontos na carteira de motorista. A lei busca garantir a segurança dessas crianças pois, de acordo com o Ministério da Saúde, 1,2 mil crianças morrem por ano vítimas de acidente de automóvel e outras 10 mil sofrem lesões irreversíveis. Nas lojas especializadas a procura pelas cadeirinhas é grande e entre os motoristas as opiniões se dividem.

Apesar da classificação etária que indica o uso do bebê conforto para os menores de um ano, da cadeira de segurança para as crianças com até quatro anos e do assento de elevação para os que têm entre quatro e sete anos e meio, especialistas afirmam que a procura também deve ser feita considerando o peso e a estatura da criança.

“Temos visto que muitos pais não estão bem orientados. Não adianta, por exemplo, querer comprar a cadeirinha para uma criança de três anos e meio mas que já é mais alta do que outros meninos da sua idade. Nesse caso, o ideal já é o assento elevado”, afirma Paula Amaral, gerente de uma loja que vende os equipamentos na avenida W3 Norte de Brasília.

Essa situação foi vivida pela dona de casa Márcia Soares há pouco mais de uma semana. O filho dela, Alan, completa quatro anos apenas em dezembro, mas já tem 1,10 m de altura e 17 quilos. Pela classificação por peso, o grupo 0 dos equipamentos é para crianças de 0 a 9 quilos; grupo I e II para crianças de 9 a 25 quilos; grupo II e III para crianças de 15 a 36 quilos.

“Na maioria das lojas que fui não haviam cadeirinhas e nem o assento elevado e nas que tinha não sabiam me dizer qual era o ideal para ele”, relata a dona de casa, que acabou optando pela primeira opção que acabará sendo substituída rapidamente, gerando um novo gasto.Essa é a queixa da maioria dos motoristas, inclusive de Márcia. Segundo ela, os lojistas estão aproveitando a exigência do cumprimento da lei para elevarem os preços dos equipamentos e por isso, muitos pais ainda não tiveram condições de atender a exigência.

 Para o jornalista Lúcio Lambranho, pai de Leonardo - de um ano - é melhor gastar cerca de R$ 150 com o equipamento do que ter que pagar multa mais tarde por descumprir a lei, além de arriscar a segurança de seu filho. “Eu já tinha a cadeirinha e acredito que ela deve ser usada não só par cumprir uma lei, mas sim porque ela dá mais proteção a meu filho”, afirma.

 No mercado de artigos infantis existem modelos de cadeirinhas que variam de R$150 a mais de R$ 1 mil. De um ano para cá, só cadeirinhas certificadas pelo Inmetro podem ser vendidas nas lojas. Segundo informações da Organização Mundial da Saúde (OMS), a utilização correta da cadeirinha reduz em 70% a possibilidade de morte de um bebê em acidente, isso porque o corpo das crianças é frágil e as cadeirinhas são projetadas para segurá-las nos pontos mais resistentes do organismo, de modo a causar o mínimo de ferimentos.

Reportagem:
Elayne Cristina,
Patrícia,
Dayane Almeida,

Um comentário:

  1. Boa matéria. Gostaria de ver a apuração que vcs fizeram. Contato das fontes etc. vamos conversar.

    Prof. Márcio Cançado

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